No âmbito do ciclo de conferências "Quatro Viagens no Tempo: As Iluminuras na BPE: Estórias, Enigmas e Revelações" irá decorrer a conferência Uma viagem no tempo, uma coleção eborense: o estudo material dos Códices Iluminados da BPE, por Cristina Barroca Dias e Teresa Ferreira

A produção de manuscritos iluminados teve o seu início em scriptoria de Mosteiros Medievais. Com a crescente necessidade de divulgação do conhecimento e maior poder económico da Nobreza, a produção que inicialmente estava restrita aos monges, no Renascimento inclui os ateliers que surgiam junto às Universidades. Das diferentes tipologias de manuscritos, destacam-se os Livros de Horas, Bíblias e Missais.
Para produzir um manuscrito, distinguem-se diferentes etapas: a produção pergaminho (1), o regramento (2); a intervenção do copista (3) e do iluminador (4), e, por fim, a encadernação (5).
A qualidade e variedade dos materiais empregues dependiam do tipo de manuscrito e do encomendador: o tipo de suporte, que poderia ser vellum (pele de animais nados-mortos, um material mais dispendioso) ou pergaminho; os pigmentos utilizados, nomeadamente o uso de lápis-lazúli e ouro, em oposição à azurite e ocres (utilizados nos manuscritos iluminados menos ricos); a presença e variedade de corantes.
Nesta conferência, iremos viajar no tempo, para mostrar como se criava um manuscrito iluminado, apresentando os materiais, instrumentos e técnicas para a sua produção.