Memórias de mármore (arte)

A memória é, por simples definição, a faculdade de conservar, recordar e reproduzir experiências e conhecimentos anteriormente apreendidos. Acreditamos que a memória representa uma das qualidades fundamentais do ser humano enquanto indivíduo e entidade colectiva e social.

O presente colóquio pretende ser um reviver de memórias e saberes relacionados com a arte de bem talhar o mármore. Pretende-se relembrar e valorizar um saber específico das gentes do Alentejo, em particular dos concelhos situados na zona dos mármores, conhecido por anticlinal de Estremoz. Uma região cuja identidade tem sido marcada pelo mármore ao longo de séculos, de geração em geração, evidenciado pelo trabalho de tantos canteiros. É urgente preservar e guardar essas memórias, pois nunca em outro período da humanidade existiram tantas e tão grandes mudanças nas técnicas e formas de trabalhar o mármore como aquelas que se verificaram desde a segunda metade do século passado.

Reflectir e conhecer as memórias do nosso passado não é querer ser saudosista e passadista. É, antes de mais, querer conhecer e aprender de forma a melhor projectar e valorizar o futuro da arte e da tecnologia de bem executar a obra em mármore, que sustenta e ergue parte fundamental da cultura deste povo.

Pata tal, convidámos para esta reflexão pessoas de diversas formações académicas e da cultura, no intuito de unir o erudito ao tradicional, teoria à prática e, sobretudo, o presente e o passado, de forma a orientar o futuro no caminho do indispensável e verdadeiro conhecimento.

Em 26.10.2013
9:15h l Vila Viçosa, Cine-Bolso Florbela Espanca