Fonte: DGPC
CIDEHUS participa de investigação de destroços de navio que possivelmente naufragou frente a Melides no século XVII

Sónia Bombico é investigadora do CIDEHUS e faz parte equipa do projeto "Um Mergulho Na História", projeto responsável pela da investigação de destroços de navio que possivelmente naufragou frente a Melides no século XVII

CIDEHUS participa de investigação de destroços de navio que possivelmente naufragou frente a Melides no século XVII

 

As constantes chuvas ocorridas em todo Portugal na segunda metade do mês de Janeiro e no início de Fevereiro permitiram um evento bastante particular ocorrido próximo ao último final de semana (12 de Fevereiro de 2021) na lagoa de Melides (Grândola): o rompimento do banco de areia que separa o sistema lagunar do oceano, que expôs os destroços de uma embarcação.

A partir de investigações prévias já desenvolvidas na região, informação histórica disponível em arquivos como o Arquivo Histórico Ultramario, incluindo rotas, cartas e estampas publicadas em obras desta época, mostram que existia um estuário onde hoje se localiza a lagoa. Estes novos dados podem ser fundamentais para validar a hipótese de se tratar de destroços do navio holandês Schoonhoven, que, segundo registos históricos, naufragou ao largo de Melides a 23 de Janeiro de 1626.

A investigadora do CIDEHUS Sónia Bombico faz parte da equipa do projeto Um Mergulho na História, um projeto multidisciplinar de arqueologia subaquática que tem por objetivo promover a investigação científica, localizar, inventariar e divulguar naufrágios utilizando para isso novas tecnologias de modo a encontrar e resgatar vestígios até então desconhecidos.

A monitorização e avaliação, nomeadamente do estado de conservação do achado, foram asseguradas por uma equipa do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática (CNANS) da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), em conjunto com a Direcção Regional de Cultura do Alentejo e os investigadores do projeto apoiado pelo Orçamento Participativo de Portugal 2018 “Um Mergulho na História”. A investigação realizada nos destroços do navio contou ainda com a colaboração da Câmara de Grândola da Administração da Região Hidrográfica do Alentejo, da GNR, da Capitania do Porto de Sines e da Polícia Marítima.

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Publicado em 18.02.2021