A pandemia Covid-19 impõe um desafio acrescido aos museus científico: como converter numa atração que cause deslumbramento através de um ecrã o espetáculo gerado em se admirar fósseis de dinossauros ou a sensação de alterar a direção de uma onda eletromagnética?
Atrair um número cada vez maior de visitantes para seus edifícios era uma das principais metas de muitos museus de história natural e centros de ciência, facto que deverá ser severamente alterado após estado de alarme gerado pelo coronavírus.
Exposições que oferecem ao público diversão e prazer, estimulados pelo espetáculo ou por aparatos tecnológicos de interatividade, estão passando por uma crise sem precedentes: como converter numa atração que cause deslumbramento através de um ecrã o espetáculo gerado em se admirar a grandiosidade de fósseis de dinossauros ou a sensação de alterar a direção de uma onda eletromagnética?
À vista disso, estas instituições se deparam com um desafio complexo, o de transformar a materialidade e interatividade de uma exposição, em realidade virtual.
A complexidade deste repto se intensifica quando, para além da necessidade de sedução do público, acrescenta-se as perspetivas econômicas e também se avultam as dimensões artísticas e históricas, que tornam-se elementos importantes de ação no mundo simulado eletronicamente.
O Covid-19 coloca os museus de história natural e centros de ciência à frente de uma análise da relação do que se propõe comunicar, aquele que recebe e interpreta a informação e principalmente o meio pelo qual se comunica, a internet.
Apesar de tudo, há um potencial muito grande a se aproveitar, no qual a barreira física do espaço, da distância e da quantidade de recursos e/ou objetos não será mais existente. Não obstante, a comunicação virtual, antes limitada apenas a criação de páginas eletrônicas para divulgar eventos e informações básicas, poderá ser uma boa oportunidade de inovação, globalização e divulgação de conhecimento.
Karina Garcia